terça-feira, 7 de abril de 2020

AS ARMAS BIOLÓGICAS DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL

AS ARMAS BIOLÓGICAS DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL

“Dirijo essa carta aos trabalhadores e governos das nações do mundo. A Terceira Guerra Mundial pode ter sido deflagrada em 18 de outubro de 2019 durante os Jogos Militares Mundiais em Wuhan, na China, disseminando um vírus desenvolvido em um laboratório de armas biológicas que pertence ao exército americano desde 1943,  em Fort Detrick, no estado de Maryland. Eventos anteriores apontam que a COVID-19 teria surgido em solo americano.

Teria acontecido um estranho surto em Fort Detrick em agosto de 2019, que se espalhou silenciosamente, e muitos achavam que as mortes aconteceram devido a uma pneumonia causada por uso de cigarros eletrônicos. Durante o evento militar em Wuhan, a população local foi infectada pela delegação americana, e o vírus se espalhou nos grandes centros de aglomeração. Alguns cientistas afirmam que o ramo do Coronavirus em Wuhan não é derivado de algum outro existente na China.  O único lugar do mundo que teria todos os ramos de Coronavírus e com tecnologia para manipulação genética são os Estados Unidos.

Há uma Guerra Híbrida entre EUA e China, desde o início da era Trump. O cálculo de mortes e os cenários de guerra já foram traçados. Durante a pandemia, governos dos EUA, Grã-Bretanha e de filiais como o Brasil querem impulsionar seus modelos ultra-liberais de sociedade, fragilizando a União Europeia, a China e os diversos governos de bem-estar social pelo mundo. Na guerra pela vida, países brigam por insumos, alimentos e equipamentos médicos. Semeando ódio e fascismo, Trump quer se reeleger, Boris Johnson deseja sacramentar seu sonho de Brexit, e Jair Bolsonaro busca cristalizar sua seita de fanáticos  pelo auto-golpe. Irei chamá-los de Novo Eixo do Mal. Mas esqueceram de combinar com os chineses, esses novos russos. 

A China venceu a primeira batalha com um rígido isolamento da população, um sistema de saúde universal, recursos tecnológicos e financeiros. Quando a guerra se alastrou, diversos países do mundo adotaram estratégias parecidas com o modelo chinês. Os governos do Novo Eixo do Mal foram contra e defenderam que suas populações continuassem trabalhando para não prejudicar a economia e não ter medo de uma gripezinha. Porém as mortes pelo mundo, noticiadas pela maldita imprensa, forçaram tais governos a mudarem de posição. No Brasil, o governo Bolsonaro rachou porque o Ministro da Saúde seguiu as recomendações da OMS, o Congresso aprovou renda mínima universal, os governadores e prefeitos realizaram medidas para tentar garantir a permanência da população em casa. Há uma coalisão de forças políticas nunca vista contra Bolsonaro. A resistência pode virar contra-ofensiva.

Meus caros, em toda guerra há vencedores e vencidos, e uma Nova Ordem Mundial pode surgir. Esta carta é um apelo para que trabalhadores e governos do mundo derrotem o Novo Eixo do Mal através de qualquer meio possível. Quem escreve esta carta é o espírito socialista de Carlos Marighella, encarnado em mim, o patriota e general da reserva Antônio Conselheiro dos Santos, discípulo de Luís Carlos Prestes e devoto de Padre Cícero. Não sei se tudo que penso é verdade. Na dúvida, vocês que lutem, porque acho que estou morrendo.”

Depois de publicar sua carta nas redes sociais, a febre de Antonio piorou, a tosse aumentou e veio a sensação de afogamento. Morreu horas depois, no bairro do Cocó, em Fortaleza, com suspeita de COVID-19, sem direito a teste de comprovação e a um enterro na presença de seus familiares. Seu texto repercutiu e virou manchete no mundo. Alguns o chamavam de visionário da Terceira Guerra Mundial, e outros de um militar comunista de pijama com delírios febris, que provocaram uma Teoria da Conspiração maluca. São tempos onde a racionalidade é enterrada pelo medo.

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Bruno D'Almeida é escritor e mistura realidade e ficção através de crônicas lierárias no Mídia4P em parceria com a Carta Capital. Para ler outras crônicas de Bruno D’Almeida, clique aqui.

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