sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Serotonina X Cortisol*

*Serotonina X Cortisol*

Muita gente exagera na preocupação com a alimentação...
Ph da água...
Sem lactose...
Sem glúten...
Sem açucar...
Etc...
Entretanto, esquece de se preocupar com as "emoções."

O _Dr. Juan Hitzig_ estudou as características de alguns longevos saudáveis e concluiu que além das características biológicas, o denominador comum entre todos eles está em suas CONDUTAS E ATITUDES.

Cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nos trilhões de células que formam um organismo, explica:

*As condutas "S":*
serenidade
silêncio
sabedoria
sabor
sexo
sono
sorriso
Promovem secreção de SEROTONINA.

*Enquanto as condutas "R":*
ressentimento
raiva
rancor
repressão
resistências
Facilitam a secreção de CORTISOL, um hormônio
"CORROSIVO" para as células, que acelera o envelhecimento.

*As Condutas "S" geram atitudes "A"*
- ânimo, amor, apreço, amizade, alegria, aceitação, aproximação.

*As Condutas "R" pelo contrário, geram atitudes "D"*
- depressão, dor, despeito, desanimo, desespero, desolação.

Aprendendo esse alfabeto emocional lograremos viver mais tempo e melhor, porque o "sangue ruim" (muito cortisol e pouca serotonina) deteriora a saúde, oportuniza as doenças e acelera o envelhecimento.

O bom humor, pelo contrário, é a chave para a longevidade saudável.

*TENHA UMA EXCELENTE VIDA!  PLENA DE SEROTONINA!*
🙋🏽‍♀👍🏾👏🏽👏🏽 ISSO VALE A PENA COMPARTILHAR.

049. O QUE VOCÊ SERÁ QUANDO CRESCER?*

*049. O QUE VOCÊ SERÁ QUANDO CRESCER?*

*Quando Crescer, Talvez Você Não Tenha Trabalho*

```Não temos ideia de como será o mercado de trabalho em 2050. Sabemos que o aprendizado de máquina e a robótica vão mudar quase todas as modalidades de trabalho — desde a produção de iogurte até o ensino da ioga. Contudo, há visões conflitantes quanto à natureza dessa mudança e sua iminência. Alguns creem que dentro de uma ou duas décadas bilhões de pessoas serão economicamente redundantes. Outros sustentam que mesmo no longo prazo a automação continuará a gerar novos empregos e maior prosperidade para todos.```

```Estaríamos à beira de uma convulsão social assustadora, ou essas previsões são mais um exemplo de uma histeria ludista infundada? É difícil dizer. Os temores de que a automação causará desemprego massivo remontam ao século XIX, e até agora nunca se materializaram. Desde o início da Revolução Industrial, para cada emprego perdido para uma máquina pelo menos um novo emprego foi criado, e o padrão de vida médio subiu consideravelmente. Mas há boas razões para pensar que desta vez é diferente, e que o aprendizado de máquina será um fator real que mudará o jogo.```

```Humanos têm dois tipos de habilidades — física e cognitiva. No passado, as máquinas competiram com humanos principalmente em habilidades físicas, enquanto os humanos se mantiveram à frente das máquinas em capacidade cognitiva. Por isso, quando trabalhos manuais na agricultura e na indústria foram automatizados, surgiram novos trabalhos no setor de serviços que requeriam o tipo de habilidade cognitiva que só os humanos possuíam: aprender, analisar, comunicar e acima de tudo compreender as emoções humanas. No entanto, a IA está começando agora a superar os humanos em um número cada vez maior dessas habilidades, inclusive a de compreender as emoções humanas. Não sabemos de nenhum terceiro campo de atividade — além do físico e do cognitivo — no qual os humanos manterão sempre uma margem segura.```

```É crucial entender que a revolução da IA não envolve apenas tornar os computadores mais rápidos e mais inteligentes. Ela se abastece de avanços nas ciências da vida e nas ciências sociais também. Quanto mais compreendemos os mecanismos bioquímicos que sustentam as emoções, os desejos e as escolhas humanas, melhores podem se tornar os computadores na análise do comportamento humano, na previsão de decisões humanas, e na substituição de motoristas, profissionais de finanças e advogados humanos.```

```Nas últimas décadas a pesquisa em áreas como a neurociência e a economia comportamental permitiu que cientistas hackeassem humanos e adquirissem uma compreensão muito melhor de como os humanos tomam decisões. Constatou-se que todas as nossas escolhas, desde comida até parceiros sexuais, resultam não de algum misterioso livre-arbítrio, e sim de bilhões de neurônios que calculam probabilidades numa fração de segundo. A tão propalada “intuição humana” é na realidade a capacidade de reconhecer padrões. Bons motoristas, profissionais de finanças e advogados não têm intuições mágicas sobre trânsito, investimento ou negociação — e sim, ao reconhecer padrões recorrentes, eles localizam e tentam evitar pedestres desatentos, tomadores de empréstimo ineptos e trapaceiros. Também se constatou que os algoritmos bioquímicos do cérebro humano estão longe de ser perfeitos. Eles se baseiam em heurística, atalhos e circuitos ultrapassados, adaptados mais à savana africana do que à selva urbana. Não é de admirar que bons motoristas, profissionais de finanças e advogados às vezes cometam erros bestas.```

```Isso quer dizer que a IA pode superar o desempenho humano até mesmo em tarefas que supostamente exigem “intuição”. Se pensarmos que a IA tem de competir com os pressentimentos místicos da alma humana, pode parecer impossível. Mas como a IA na realidade tem de competir com redes neurais para calcular probabilidades e reconhecer padrões — isso soa muito menos assustador.```

```Em especial, a IA pode ser melhor em tarefas que demandam intuições sobre outras pessoas. Muitas modalidades de trabalho — como dirigir um veículo numa rua cheia de pedestres, emprestar dinheiro a estranhos e negociar um acordo — requerem a capacidade de avaliar corretamente as emoções e os desejos de outra pessoa. Será que aquele garoto vai correr para a estrada? Será que o homem de terno pretende pegar meu dinheiro e sumir? Será que aquele advogado vai cumprir suas ameaças ou só está blefando? Quando se pensava que essas emoções e esses desejos eram gerados por um espírito imaterial, parecia óbvio que os computadores nunca seriam capazes de substituir motoristas, banqueiros e advogados humanos. Pois como poderia um computador compreender o divinamente criado espírito humano? Mas, se essas emoções e esses desejos na realidade não são mais do que algoritmos bioquímicos, não há razão para os computadores não decifrarem esses algoritmos — e até certo ponto, melhor do que qualquer Homo sapiens.```

```O motorista que prevê as intenções de um pedestre, o profissional que avalia a credibilidade de um tomador potencial e o advogado que é sensível ao humor reinante na mesa de negociação não se valem de feitiçaria. Sem que eles saibam, o cérebro deles está reconhecendo padrões bioquímicos ao analisar expressões faciais, tons de voz, movimentos das mãos e até mesmo odores corporais. Uma IA equipada com os sensores certos poderia fazer tudo isso com muito mais precisão e confiabilidade do que um humano.```

```Por isso a ameaça de perda de emprego não resulta apenas da ascensão da tecnologia da informação, mas de sua confluência com a biotecnologia. O caminho que vai do escâner de ressonância magnética ao mercado de trabalho é longo e tortuoso, mas ainda assim poderá ser percorrido em poucas décadas. O que os neurocientistas estão aprendendo hoje sobre a amígdala e o cerebelo pode permitir que computadores superem psiquiatras e guarda-costas humanos em 2050.```

```E a IA não só está em posição de hackear humanos e superá-los no que eram, até agora, habilidades exclusivamente humanas. Ela também usufrui de modo exclusivo de habilidades não humanas, o que torna a diferença entre a IA e um trabalhador humano uma questão qualitativa e não apenas quantitativa. Duas habilidades não humanas especialmente importantes da IA são a conectividade e a capacidade de atualização.```

```Como humanos são seres individuais, é difícil conectar um ao outro e se certificar de que estão todos atualizados. Em contraste, computadores não são indivíduos, e é fácil integrá-los numa rede flexível. Por isso estamos diante não da substituição de milhões de trabalhadores humanos individuais por milhões de robôs e computadores individuais, mas, provavelmente, da substituição de humanos individuais por uma rede integrada. No que diz respeito à automação, portanto, é errado comparar as habilidades de um único motorista humano com as de um único carro autodirigido, ou as de um único médico humano com as de um único médico de IA. Em vez disso, deveríamos comparar as habilidades de uma coleção de indivíduos humanos com as habilidades de uma rede integrada.```

```Por exemplo, muitos motoristas não estão familiarizados com todas as regras de trânsito e frequentemente as transgridem. Além disso, como cada veículo é uma entidade autônoma, quando dois deles se aproximam do mesmo cruzamento ao mesmo tempo, os motoristas podem comunicar erroneamente suas intenções e colidir. Carros autodirigidos, em contraste, podem ser conectados entre si. Quando dois desses veículos se aproximam do mesmo cruzamento eles não são duas entidades separadas — são parte de um único algoritmo. As probabilidades de que possam se comunicar erroneamente e colidir são, portanto, muito menores. E, se o Ministério dos Transportes decidir mudar qualquer regra de trânsito, todos os veículos autodirigidos podem ser atualizados com facilidade e exatamente no mesmo momento, e, salvo a existência de algum bug no programa, todos seguirão o novo regulamento à risca.```

```Da mesma forma, se a Organização Mundial de Saúde identificar uma nova doença, ou se um laboratório produzir um novo remédio, é quase impossível atualizar todos os médicos humanos no mundo quanto a esses avanços. Em contraste, mesmo que haja 10 bilhões de médicos de IA no mundo — cada um monitorando a saúde de um único ser humano —, ainda se poderá atualizar todos eles numa fração de segundo, e todos serão capazes de dar uns aos outros feedbacks quanto às novas doenças ou remédios. Essa vantagem potencial de conectividade e capacidade de atualização é tão enorme que ao menos em algumas modalidades de trabalho talvez faça sentido substituir todos os humanos por computadores, mesmo que individualmente alguns humanos sejam melhores em seu trabalho do que as máquinas.```

```Poder-se-ia contrapor que, ao se trocar indivíduos humanos por uma rede de computadores, perderemos as vantagens da individualidade. Por exemplo, se um médico humano fizer um diagnóstico errado, ele não vai matar todos os pacientes do mundo e não vai bloquear o desenvolvimento de todos os novos medicamentos. Em contraste, se todos os médicos são na verdade um único sistema, e se esse sistema comete um erro, os resultados podem ser catastróficos. No entanto, um sistema integrado de computadores pode maximizar as vantagens da conectividade sem perder os benefícios da individualidade. Podem-se rodar muitos algoritmos alternativos na mesma rede, de modo que um paciente numa aldeia remota na selva seja capaz de acessar com seu smartphone não apenas um único médico capacitado, mas cem médicos de IA diferentes, cujos desempenhos relativos são comparados o tempo inteiro. Você não gostou do que o médico da IBM lhe disse? Não tem problema. Mesmo que esteja enfurnado em algum lugar das encostas do Kilimanjaro, você pode contatar facilmente o médico da Baidu para ter uma segunda opinião.```

```Os benefícios para a sociedade humana provavelmente serão imensos. A IA em medicina poderia prover serviços de saúde muito melhores e mais baratos a bilhões de pessoas, especialmente para as que hoje não têm acesso algum a esses serviços. Graças a algoritmos de aprendizagem e sensores biométricos, um aldeão pobre num país subdesenvolvido poderia usufruir de uma assistência médica muito melhor usando seu smartphone do que a pessoa mais rica do mundo obtém hoje em dia no mais avançado dos hospitais urbanos.```

```Da mesma forma, veículos autodirigidos poderiam oferecer às pessoas serviços de transporte muito melhores e reduzir a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito. Hoje, cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem todo ano em acidentes de trânsito (o dobro das mortes causadas por guerra, crime e terrorismo somadas). Mais de 90% desses acidentes são causados por erros humanos: alguém que bebeu e dirigiu, alguém digitando uma mensagem enquanto dirige, alguém que adormeceu ao volante, alguém sonhando acordado em vez de prestar atenção à estrada. A Administração Nacional de Segurança de Trânsito em Estradas dos Estados Unidos estimou que, em 2012, 31% dos acidentes fatais no país envolveram uso abusivo de álcool, 30% envolveram excesso de velocidade e 21% envolveram desatenção do motorista. Veículos autodirigidos nunca farão nada disso. Embora tenham seus próprios problemas e limitações, e embora alguns acidentes sejam inevitáveis, espera-se que a substituição de motoristas humanos por computadores reduza mortes e ferimentos na estrada em cerca de 90%. Em outras palavras, a mudança para veículos autônomos pode poupar a vida de 1 milhão de pessoas por ano.```

```Por isso seria loucura bloquear a automação em campos como o do transporte e o da saúde só para proteger empregos humanos. Afinal, o que deveríamos proteger são os humanos — não os empregos. Motoristas e médicos obsoletos simplesmente terão de achar outra coisa para fazer.```

_Yuval Harari no Livro 21 Lições Para o Século 21_

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Não adianta ouvir Mozart no carro.

IVAN MARTINS

Não adianta ouvir Mozart no carro.

Não adianta ler “O mal-estar na civilização” com a gata no colo.

Não adianta receber os amigos, tomar vinho e ficar feliz na companhia deles.

Não adianta conversar com os filhos, jantar com os filhos, beijar os filhos.

Não adianta dormir com a mulher que a gente ama, dizer que a ama, ouvir que ela também nos ama.

Nem o Corinthians escalando a tabela do Brasileiro adianta.

De manhã, ao ligar o celular, você ficará sabendo que a polícia de São Paulo compareceu a uma reunião de mulheres do PSOL, exigindo saber quem havia organizado aquele encontro partidário.

Depois, saberá que Bolsonaro demitiu um cientista, o respeitado presidente do Inpe, que teve coragem de denunciar suas mentiras sobre o desmatamento na Amazônia.

Lerá, mais tarde, que a tropa de elite da polícia militar do Pará canta, diante do governador do Estado, uma música que fala em “arrancar cabeças” e praticar “pena de morte à brasileira”.

Ficará sabendo, profundamente envergonhado, que o ministro das Relações Exteriores do Brasil garantiu que o aquecimento global não existe porque ele esteve em Roma e lá fazia frio.

Com a passagem do tempo, não mais que 24 horas, ficará claro que não é possível habitar uma bolha de normalidade no interior de um país que é governado por malucos, cínicos e sádicos.

Enquanto a gente se esforça para manter a sanidade, evitando a toxidade das redes sociais, eles se empenham diariamente em transformar o Brasil numa ditadura religiosa que não reconhece a verdade, a ciência ou os direitos humanos.

Num único dia, Bolsonaro mente sobre todos os assuntos possíveis, da maior gravidade – desmatamento na Amazônia, fome no Brasil, assassinatos no regime militar – e, 24 horas depois, tudo segue normalmente, inclusive a demissão das pessoas que, dentro do governo, rebatem suas mentiras.

No Brasil da família Bolsonaro, só existe uma medida de realidade, a dele. O presidente-ditador-rei diz o que quer e manda punir quem o desdiz.

Qual é o nome desse tipo de regime? Tirania.

Ah, Ivan, que exagero. As leis estão funcionando. O Supremo Tribunal Federal tomou nos últimos dias várias decisões que contrariaram o presidente e nada aconteceu.

Sério?

A gente vai medir a nossa segurança como cidadãos e a qualidade da nossa democracia pela maneira como o presidente trata a Suprema Corte, a instância mais poderosa do sistema judiciário brasileiro?

Vamos esperar o filho filé mignon encostar “um jipe e um cabo” na porta do Supremo para perceber que a família está tentando encerrar na marra o período de maior liberdade, prosperidade e inclusão social da história do Brasil?

O presidente da República, quando fala, aponta uma direção para o país, e Bolsonaro está apontando uma direção muito clara, que oscila entre o terrorismo de Estado e a ditadura cultural: ele sugere que decapitar presidiários sob a tutela do Estado, como aconteceu no Pará, é perfeitamente aceitável; ele diz que vai fechar a Agência Nacional de Cinema porque ela produz filmes dos quais ele e seus apoiadores evangélicos não gostam, ele incentiva garimpeiros a invadir reservas indígenas, ele apoia madeireiros clandestinos a seguir derrubando a floresta que fornece ar aos nossos pulmões.

Toda vez que abre a boca, Bolsonaro aponta para o rompimento da lei e o esmagamento das liberdades civis, e, de forma bem clara, apoia a violação dos direitos econômicos, sociais e humanos dos brasileiros mais vulneráveis. E isso tem efeitos práticos, instantâneos, que se manifestam todos os dias. Funciona como um “liberou geral”.

O que mais é preciso para colocar a sociedade em pé, aos berros, exigindo nas ruas o fim desses abusos?

Tenho dito, faz um tempo, que parte da população brasileira vive uma espécie de sequestro mental. Milhões se abastecem de fake news distribuídas pelas redes sociais. Estão trancafiados num cativeiro ideológico que impede perceber a realidade e agir de acordo com ela. Vai ser preciso que o mundo real destoe diametralmente da parábola bolsonarista para que eles percebam que estão sendo enganados.

Do lado de fora desse cercado ideológico as coisas tampouco são simples. A maior parte da imprensa profissional ainda insiste em tratar Bolsonaro com normalidade, como se ele fosse um presidente como outros, apenas com discurso e comportamento “polêmicos”. Uma atitude condescendente como essa sinaliza para a sociedade que está tudo bem, que a ordem está mantida, que vivemos numa democracia funcional.

Mas isso, factualmente, não é mais verdade.

Numa democracia a polícia não vai a reuniões políticas para intimidar e fichar participantes. Numa democracia o presidente não ameaça jornalistas com prisão. Numa democracia o filho sem qualidades do presidente não ganha de presente a embaixada dos Estados Unidos. Numa democracia o presidente não corta as verbas de Estados porque seus governadores repelem insultos racistas. Numa democracia o presidente não demite servidores porque se recusam a endossar suas mentiras. Numa democracia, pelo amor de Deus, o presidente não age como se fosse o dono do Estado, explicando suas arbitrariedades com uma única frase: “O país está sob nova direção“. A democracia tem regras.

Desde a posse de Bolsonaro – essa é a verdade – não vivemos mais em plena democracia ou mesmo num país normal. Vivemos, isto sim, um estado de exceção que vai ser normalizando, uma armadilha que se fecha sobre nós em câmera lenta, e cuja direção vai sendo dada pelos discursos cada vez mais agressivos do presidente. Quando ele fala, testa e ao mesmo tempo estabelece os novos limites do tolerável, o novo normal, e assim avança, um pouco mais a cada dia, em direção a uma ditadura familiar na qual teremos mais e mais Bolsonaros na folha de pagamento do Estado.

E nós, vamos esperar que o ar acabe ou vamos nos manifestar enquanto ainda existe oxigênio? Bolsonaro já mostrou quem é. Agora cabe a nós descobrir quem somos.

(Ivan Martins é jornalista, psicanalista e autor dos livros “Alguém especial” e “Um amor depois do outro”).